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A entidade reguladora para a comunicação social acha que a maior parte das reportagens ou notícias das televisões sobre violência doméstica são pouco rigorosas. A ERC acha que há, por parte das televisões, “pouco investimento na problematização deste fenómeno social”, e que essas notícias não fazem “referências a causas estruturais e sociais da violência e suas consequências, nas diversas dimensões”. É todo um programa: a ERC não quer apenas que as televisões apresentem a notícia corretamente mas, já agora, que expliquem “o fenómeno”, suponho que de acordo com a cartilha oficial. A violência doméstica é um crime abjecto e repulsivo; ponto. E, também, um caso de polícia. Houve um tempo em que as elites urbanas achavam repulsivo que a imprensa “se metesse na vida privada das pessoas” quando o CM (muito antes da criminalização da violência doméstica) fazia notícias sobre casos pungentes que geralmente terminavam em homicídio. Nessa altura, o CM era “sensacionalista” – porque falava de violência sobre as mulheres antes de o assunto entrar na agenda política. Não tagarelava.
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