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A guerra da vergonha.

por FJV, em 12.11.18

Celebrou-se ontem o centenário do armistício franco-alemão que pôs termo à I Guerra. Como de costume, fizeram-se discursos sobre o “heroísmo” dos europeus, dizimados nos campos de batalha. O presidente da República também falou sobre o assunto, e mencionou o papel português na construção da Europa (o tratado de Versalhes foi em 1920), “pela liberdade, contra a opressão” e, como se recordam, contra a instrumentalização política das forças armadas (FA). Para sermos justos, tirando a defesa da integridade territorial em África, não foi nada disso: Portugal participou na I Guerra porque as FA foram, justamente, usadas num jogo político liderado pelos republicanos mais radicais, que queriam reconhecimento. Os soldados portugueses foram conscientemente enviados para um morticínio terrível de que o resultado mais conhecido foi a tragédia de La Lys. Não, a nossa participação da I Guerra não foi nada heróica; nem podia sê-lo, tão miserável era a nossa condição militar e humana. Se o PR quiser dar um exemplo de instrumentalização das FA, tem aí material de sobra. Não é preciso inventar.

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