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Tancos interessa-nos porque toda a gente tem a impressão de que há um segredo. Porque a simples suspeita acerca da existência desse segredo deixa perceber um grande mal-estar. E ainda, já agora, porque quase um ano e meio depois, ninguém sabe explicar exatamente o que se passou na madrugada de 28 de junho de 2017. As armas reaparecem, desaparecem, são listadas, excluídas das listas e, finalmente, não há certeza (provavelmente nunca haverá, porque estamos a falar de segredos militares) sobre quem sabia e quem não sabia que o roubo e a devolução do material de guerra fora encenado, encoberto ou fingido. Escolho a palavra “fingido” porque não é normal esta troca de galhardetes acerca de suspeitíssimos “jogos de poder” e “jogos políticos” que são publicamente invocados para não explicar o que se passou. O comunicado da Presidência da República, de anteontem, é uma fonte de enigmas sobre “quem sabia” do que passou “antes” e “depois”, mas é indelicado que o primeiro-ministro recomende menos ansiedade ao PR. Um ano depois estamos todos ansiosos, na primeira fila. E, agora sim, indignados.
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