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José Medeiros Ferreira, que tinha uma intuição inteligentíssima (e sempre bem-humorada), insistiu várias vezes que um dos caminhos do turismo português, e da economia portuguesa, poderia ser o da “organização de eventos”. Como de costume, tinha razão. O espectáculo da Web Summit é um desses exemplos, mesmo se desconfiarmos do seu tom de festa generalizada e de se duvidar dos números apresentados na operação financeira geral (parecem os anunciados “lucros” das PPP das auto-estradas). A capacidade portuguesa de realizar “coisas em grande” não é nova – o problema são mesmo as pequenas coisas. Lisboa é uma festa em momentos de festa; os turistas gostam da cidade e têm razões para isso por causa dos seus verões prolongados e da sua informalidade de baixo custo; mas eu pergunto-me como é possível que se tenha entrado num tão longo fim de semana com tanto lixo acumulado nas ruas da capital. Esse é um exemplo lisboeta. A chuva, que pulveriza o trânsito (duas horas para atravessar a cidade), tem ajudado a limpar as ruas e desintoxicá-la de odores e lixo. Oxalá venha mais. Tudo ajuda.
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