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Há um ano, o The New York Times publicou um artigo intitulado “O Natal pode ter acabado, mas não a época das compras” (guardei-o) – esta ideia de o Natal ter acabado não me surpreende, apesar de em Bruxelas o tradicional Mercado de Natal ter sido substituído pelo ‘Prazeres de Inverno’ (com o argumento patetinha de que “não ofende os não crentes”), à semelhança de outras cidades europeias, e de muitos dos cartões de Boas Festas se recusarem a mencionar o Natal, preferindo a ideia de Festas Felizes, em inglês Happy Holidays ou Season’s Greetings (literalmente, “saudações da época”). Isto compreende as festas da temporada, ou seja, o Natal, o Hanukkah judaico (a consagração do segundo templo), o solstício de inverno, as férias escolares, o novo ano civil ou ainda o Kwanzaa (uma festividade negra). A coisa não me assusta – não por ser “inclusiva” (uma palavra palerma), mas, ao contrário, por ser plural. Assusta-me mais que os católicos, por cerimónia, evitem referir-se ao Natal, como me assustaria se os judeus se não se referissem ao Hanukkah. Época das compras é que não.
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