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Margarita Carmen Cansino nasceu há exatamente cem anos e só ela me ia impedir de falar sobre o orçamento de Estado – não com esse nome, mas com o de Gilda (ela, não o Orçamento). Ou seja, Rita Hayworth, o nome que adota a partir de 1937. É aí que começa a “construção de Gilda”, logo com a figura de Judy em Only Angels Have Wings (de 1939), um filme maravilhoso de Howard Hawks. Gilda é de 1936 – um filme de Charles Vidor em que Rita Hayworth contracena com Glenn Ford: a sua beleza dramática evapora toda a história (um guião de bandidos de casino e de passados que regressam ao cenário dúbio de Buenos Aires) e nunca mais desaparecerá da nossa memória. Dois anos depois ela será Elsa em A Dama de Xangai, de Orson Welles (com quem tinha casado em 1943), mas não atingirá nunca mais aquele pico de beleza, intensidade, perda, doce amargura de Gilda. Cem anos depois do seu nascimento em Nova Iorque (assinalados hoje) é essa beleza que nos atordoa. Claro, há a frase célebre (“A maioria dos homens apaixona-se por Gilda, mas acorda comigo.”). É a maldição que persegue as mulheres fatais.
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