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S.S. Van Dine, o criador de Philo Vance. E vários mistérios.

por FJV, em 15.10.18

Willard Huntington Wright (1888-1939) nasceu no mesmo ano de Fernando Pessoa; foi o ano em que Sherlock Holmes continuava as suas aventuras em O Signo dos Quatro, e também o ano da publicação de Os Maias. Jornalista de esmerada educação, como então se dizia, foi editor no ‘LA Times’, crítico e ensaísta (Faulkner apreciava-o muito) – até que a cocaína o salvou. Explico-me: o consumo de droga levou-o a um esgotamento e, depois, a escrever romances policiais. O Caso Benson saiu em 1926, ao fim de três anos de depressão, assinado por S.S. Van Dine, o nome que lhe conhecemos. Com A Morte da Canária e Os Crimes do Bispo (todos publicados na Vampiro) tornou-se best-seller nos EUA – o seu detetive Philo Vance é um esteta, um gourmet e um homem estranho, quase assexuado, um conservador de inteligência rara. Van Dine marcou o policial da primeira metade do século XX (as suas 20 Regras para Escrever Histórias de Detetives eram o modelo de Ellery Queen, mas também de Agatha Christie – até aparecer Chandler). É tão fora de moda que é bom. Nasceu há 130 anos, assinalados hoje.

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