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A greve de taxistas, sendo justa ou injusta, não me suscita simpatia; nem grande antipatia – mas alguma há de perceber-se. Depois de uma cansativa viagem de comboio (atrasado), eu e algumas centenas de pessoas não encontrámos táxis naquele mono lisboeta e desconfortável conhecido por Estação de Oriente; expliquei porquê a uns turistas – e a maior parte dedilhou os polegares no telefone e recorreu à Uber. Entretanto, à enorme fila entretanto formada, chegavam alguns táxis que anunciavam que só transportavam passageiros para fora de Lisboa. Bela amostra. Até ontem, eu era um cliente regular de táxis dentro das cidades. Fui mal atendido várias vezes (sobretudo no aeroporto de Lisboa), mas bem atendido de outras (quando peço um táxi do meu bairro). No entanto, bloquear as cidades e ameaçar com chantagem e ruído não me parece uma boa ideia para ganhar apoio da população que, munida de telemóvel, chama um carro (limpo e confortável, já agora), não quer discutir preço e não está para aturar recriminações. Este é o rumo que as coisas tomam, caso os táxis não percebam.
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