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Campanella.

por FJV, em 05.09.18

Tommaso Campanella (1568-1639) nasceu há 450 anos na Calábria, perto de Nápoles. Frade dominicano, interessava-se por gramática, alquimia, magia e “filosofia natural”. Viajou por toda a península italiana, e em 1591 foi preso pela primeira vez, sob a acusação de heresia e bruxaria; mais tarde, o Santo Ofício deteve-o em Roma, de onde fugiu para regressar a Nápoles, onde conspirou contra o ocupante espanhol (Aragão) – esteve 27 anos preso, no Castel Nuovo napolitano, onde escreveu quase toda a sua obra e sobretudo A Cidade do Sol, o seu livro mais famoso. Campanella era um livre pensador, amigo de Galileu e outros filósofos do seu tempo (ao sair da prisão, fugiu para França, onde foi festejado e havia de morrer) – mas, como acontece sempre, a sua utopia só seria “benigna” no papel; a “cidade do Sol” fica na ilha da Taprobana, no Oriente, e é um regime teocrático, totalitário e comunitário, onde tudo pertence a todos, o centro das preocupações é a educação, não há ricos, nem família, nem propriedade – e os desejos individuais são desprezados. As utopias são tremendas.

 

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