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Aretha.

por FJV, em 17.08.18

Há dois duetos de Aretha Franklin que acho inesquecíveis e nenhum deles é com George Michael – uma versão de “What Now My Love”, com Frank Sinatra, e “Don’t Waste Your Time”, com Mary J. Blige (também há um com Luther Vandross). Explico: há duetos em que uma das vozes explica à outra como se canta; acontece com Bob Dylan vencido por  Johnny Cash, ou de Bono destroçado pela Mary J. Blige. Aretha venceu todos os seus duelos, como se cantasse “Respect” a plenos pulmões, mesmo em temas românticos e suaves. Toda a sua música é um dueto. Há canções, como “Without the One You Love” ou a versão de “What a Difference a Day Made”, que não têm a ver com as suas três ou quatro mais conhecidas, “Respect” à cabeça, logo seguida de “I Never Loved A Man”, ambas um prodígio de voz, harmonia, ironia, inflexões que tanto lembram o jazz como abrem caminho pelos palcos de qualquer género. Essas são as duas faces de Aretha Franklin: doce (em “I Wish I Didn’t Love You So”) e impagável e imponente, como em ‘Respect’, que ela – filha de pregador – não deixou de cantar ao apresentar-se às portas do céu.

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