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O assunto merece insistência: há mais de um ano (repito: há mais de um ano) desapareceram de umas instalações militares em Tancos umas caixas de munições, explosivos, seja lá o que for – “o material”. Escândalo. Houve militares suspensos. Peregrinações a Tancos. O senhor Presidente da República, como deve, pediu esclarecimentos. Os generais prometeram informações. O senhor ministro da Defesa – que é um cómico – afirmou que, no limite pode nem ter havido furto; toda a gente riu da pilhéria. Passado um ano apareceu “o material”. As autoridades rejubilaram porque era mais “material” do que “o material”. O senhor ministro piscou os olhos e imitou um esgar. Entretanto, soube-se que era mentira – e que na lista de “o material” faltava ainda “material”. Entretanto, o chefe do Exército foi ao Parlamento (a quem declarou, magnanimamente, que não sabia o que estava ali a fazer) e, perguntado sobre “o material”, diz que não pode dar informações sobre ele (nem teve tempo para o ver), nem sobre o que ainda anda aí à solta. Espera-se que o Supremo Chefe das Forças Armadas – o Presidente da República – ponha isto na ordem.
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