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Tailândia.

por FJV, em 09.07.18

Apesar do regresso do calor e da época balnear, quem não ficou, ao menos por alguns instantes, suspenso das imagens que chegavam da Tailândia? Mesmo as coisas estapafúrdias do futebol (ou a comédia da libertação falhada de Lula, no Brasil) ficaram para segundo plano. Sim, comovemo-nos diante das imagens e dos relatos sobre os miúdos presos na caverna; não é possível ser de outra maneira – “ainda temos um lado humano”, oiço dizer. Também nos comovemos com a qualidade e discrição das operações de resgate, evidentemente. Mas há coisas que talvez fossem diferentes na Europa, ou nos EUA, e uma delas é a magoada carta de desculpas escrita pelo treinador dos miúdos. Ou os pedidos de alguns destes por uma refeição com a família (‘moo krat’ ou frango frito, por exemplo) mal o tormento passe. Ou uma outra, especial, assinada por Bew: “Não se preocupem, mãe e pai. Estou fora há duas semanas, mas vou voltar e ajudá-los na loja.” Tenho a impressão de que isto seria a última coisa que diria uma criança ocidental. Escutada a esta distância, a frase comove mais do que o habitual.

[Da coluna no CM]

 

 

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