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Ontem, enquanto via o Japão-Senegal na esplanada de um restaurante, fiquei a saber que a Cristina ia ver os Chemical Brothers. Essa informação é talvez irrelevante mas veio acompanhada de uma série de revelações sobre a roupa interior da amiga da Cristina, que comia moelas grelhadas e falava ao telefone mesmo na mesa ao lado. Daí a meia-hora, ainda a tempo do 2-2 do jogo, os novos ocupantes da mesa comiam caracóis e conversaram pelo Face Time com um interlocutor (pude vê-lo em mangas de camisa) alojado num hotel que todos elogiaram, enquanto – o telefone estava em alta-voz – trocavam confidências sobre pessoas de família; escuso-me a revelar as suas opiniões, que os tios podem ser leitores do CM. Quem me conhece sabe que sou pouco curioso acerca da vida dos outros (e até um pouco surdo). Estas conversas decorreram a céu aberto e não têm direitos de autor, tal como as dos gestores e executivos que viajam no comboio Lisboa-Porto e que, semanalmente, me informam em voz alta (sem eu pedir) sobre como vai a vida nas suas empresas. A todos agradeço mas preferia que desligassem o telefone.
[Da coluna no CM]
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