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Podia recordar várias cenas dos seu filmes. Em 8 ½, de Fellini, naquele triângulo com Mastroianni e Anouk Aimée. O seu rosto olhando para Burt Lancaster e Alan Delon em O Leopardo (1963), de Visconti. Em Aconteceu no Oeste (1968), de Sergio Leone, o seu papel de Jill, enfrentando a natureza do mal, um raio de beleza no meio da poeira. No belo Fitzcarraldo, de Werner Herzog (1982) interpretando a figura de Molly, a dona de bordel – um filme com ópera, Amazónia e Klaus Kinskyi. Como sereníssima princesa em A Pele, de Liliana Cavani (1981), com Mastroianni e Lancaster (adaptando, de longe, o livro de Curzio Malaparte). Haverá outros filmes, outras companhias como actores (Henry Fonda, David Niven, Bronson, Jason Robards, Rod Steiger, Michel Picolli) outras recordações – mas a minha memória de Claudia Cardinale tem a ver com a sua beleza discreta, mediterrânica (nasceu na Tunísia, então protetorado francês, filha de dois sicilianos), que nunca desapareceu. Nem em O Gebo e a Sombra, de Manoel de Oliveira (2012). No próximo domingo, Claudia Cardinale festeja 80 anos. Ela e eu.
[Da coluna no CM]
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