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O primeiro-ministro chamou a S. Bento o ministro e o secretário de Estado para lhes dizer que estava “surpreendido” com os protestos “da cultura” e que era preciso resolver esse problema e impedir a morte das “companhias de bandeira”. Este é o resumo, e é funesto, porque mostra como o governo pensou que tinha domesticado “a cultura” – que participou na esparrela dos banquetes pré-eleitorais, com genuflexões, embevecida com a promessa de “um novo ciclo”. Ora, como se resolve este problema? Com o aumento das dotações do Orçamento de Estado (mais 900 mil?, mais 1,5 milhão, mais 2 milhões?, mais 7, como pede o PCP?, subiram mais 37%, como diz Centeno?, ou mais 59%, como diz o SEC?), porque o problema, ao contrário do que se diz, parece não ter nada a ver com “o modelo de financiamento” – e sim com o dinheiro do “modelo de 2008”, que é hoje impraticável. Parte dos protestos apresentados fazem algum sentido. Mas não é isso que está em causa, como compreendeu o PM. O problema é que “a cultura” pensava que o mundo já tinha mudado e havia dinheiro a rodos. Quem pagou almoços grátis a quem?
[Da coluna no CM]
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