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Parte ínfima, mas ruidosa, da universidade lusitana está muito indignada porque o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas convidou Pedro Passos Coelho para os seus quadros. Vamos e venhamos, é uma campanha política à boleia do nome do ex-PM, tanto mais que outros políticos de esquerda estão nas mesmas condições de Passos. Ao longo da história académica são numerosos os nomes de professores convidados por universidades para dar aulas (servindo-se da sua experiência), muito embora não tenham obedecido aos trâmites curriculares nem dado as tradicionais facadas nas costas dos seus colegas – uma prática comum na universidade. Geralmente, quem fica a ganhar são as universidades. Acontece que as nossas escolas superiores, salvo exceções localizadas, se perpetuam a si mesmas, se vigiam e avaliam a si próprias com bastante soberba. Neste caso, a hipocrisia é evidente; trata-se de um veto político. Boa parte dos cursos de “ciências sociais” transformaram-se numa irrelevância onde uns falam para outros, aplaudindo-se muito, como se a humanidade em redor fosse um incómodo.
[Da coluna no CM]
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