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Livros que servem para fingir de livros, mesmo quando podem acabar por ser lidos. Gosto da ideia: onde senão num hotel nos podemos entregar ao prazer da leitura sem que ninguém nos incomode? Veja-se, em Nova Iorque, o Library Hotel (na Madison – entre a 6.ª e a 7.ª Avenidas), que espalhou dezenas de milhares de livros pelas suas salas, bares e quartos, além de oferecer aos seus hóspedes uma seleção dos e-books mais vendidos durante cada semana. Em Paris, entretanto, a Librarie du Marais disponibiliza – no piso superior da livraria – uma suite onde as estantes guardam cerca de 4500 livros para os hóspedes que, além de apreciarem o bairro (um dos que mais e melhores alfarrabistas dispõe em toda a cidade), também gostam de estar rodeados de livros. Na Cornualha britânica – naquela paisagem de filme –uma livraria de livros em segunda mão decidiu também abrir quartos a fim de que os seus clientes pudessem ter tempo suficiente para apreciar o seu catálogo; foi uma forma de salvar o negócio e de juntar a perversidade de ler à mania de ficar acordado a noite toda.
[Da coluna no CM]
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