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Um dos objetivos da ciência, e do conhecimento em geral, é ajudar-nos a evitar a dor. A contorná-la, a mitigá-la. É por isso que usamos anestesia e analgésicos, químicos que ajudam a regular as reações do nosso corpo, terapias que transformam a nossa vida numa coisa melhor. Num pequeno livrinho lançado ontem, Terapias, Energias e Algumas Fantasias (Fundação Francisco Manuel dos Santos), João Villalobos leva-nos de passeio pelos corredores das chamadas “terapias alternativas”, do Reiki à leitura da aura e ao estudo das “vidas passadas”, dos “tratamentos holísticos” à visitação dos anjos e à hipnose e ao reconhecimento das “energias”. À tentação de muitos leitores – considerar que essas terapias “não servem” porque não curam constipações –, prefiro a generosidade e o espírito de tolerância de Villalobos: tudo serve se o objetivo for o de contornar ou diminuir a dor de viver. A nossa vida é demasiado curta para recusarmos conhecer essas experiências. Sim, podemos até concordar que algumas são fantasias. Mas nenhuma fantasia é dispensável se nos ajudar a encontrar alguma luz.
[Da coluna no CM]
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