Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Os telejornais abrem, finalmente, com imagens da guerra na Síria – e com o resultado devastador da política de terror do tirano de Damasco contra o seu próprio povo e as bolsas de resistência sunita. Acontece que estas imagens não são novas; repetem-se, são fotogramas sobre fotogramas de um jogo deplorável em que assenta a estratégia de Assad em estreita ligação com a Rússia e o Irão: à força de se repetirem, e à força de se lançarem dúvidas sobre a sua veracidade (especialidade russa), deixam de ter eficácia. O Médio Oriente está cheio dessas imagens (que não comovem o PCP, por exemplo), e parte delas são manipuladas, porque o horror da guerra e a morte de crianças são moeda de troca e bandeiras de propaganda. É lamentável, mas o fervor humanitário (o nosso, diante da televisão; o da ONU que coleciona incidentes) não conseguirá grandes resultados numa região desenhada e redesenhada a régua e esquadro pelas potências, sobretudo depois de Obama ter deixado aquela parte do mapa sem proteção nem defesa. Foi preciso chegarmos aqui para ver o tamanho da nossa desistência.
[Da coluna no CM]
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.