Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Este um texto de que poderei arrepender-me, escrito na sequência do tiroteio na Florida, no qual foram mortas 17 pessoas e feridas 15. Acontece que nós – europeus, gente que pega em armas para caçar ou na recruta – não podemos entrar nos EUA e, embora nos apeteça, dar lições de moral sobre o porte de armas. O país é deles e eles são 323 milhões. Mas o Washington Post calcula que nos últimos anos tenham morrido 1100 pessoas em tiroteios desta natureza, o que é uma estatística baixa, mas revela a quantidade de armas que anda à solta e entregue a pessoas que não sabem manejar uma colher de sobremesa – e que têm atacado sobretudo em escolas e lugares de culto religioso. No ano passado, em Las Vegas, durante um concerto de música country foram mortas 59 pessoas e feridas 420, além das 27 numa igreja Batista do Texas. Os EUA deviam pagar uma taxa moral sobre a exportação destas imagens degradantes. Na verdade, à distância, não é um país apetecível. Hoje passam 180 anos sobre o nascimento de Henry Adams, um dos grandes desenhadores, arquitectos e pensadores da América. Ele não tem nada a ver com esta desgraça.
[Da coluna no CM]
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.