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O povo não anda bom. Em Espanha, a pátria da maior meia dúzia de coisas mais estapafúrdias que conheço, uma deputada do Podemos (está nessa meia dúzia) declarou-se “porta-voza” do partido, em vez de “porta-voz”. Vai passar a haver “porta-vozes” e “porta-vozas”. Logo, a vice-secretária geral socialista correu a apoiá-la, porque “a linguagem evolui”, lembrando o caso de uma carinhosa ministra que se dirigiu à assistência de uma charla dividindo-a entre “membros e membras”, se bem que outra dirigente do partido (os exemplos são como as cerejas) já tivesse usado a expressão “jovens e jovenas”, distinguindo os “altos cargos” ocupados por homens e as “altas cargas” desempenhados por mulheres. Adoro Espanha, faz-me rir. Já os EUA deixam-me imobilizado de choque e pavor: Ali Michael, uma loiríssima professora da Universidade da Pensilvânia declarou que jamais terá filhos só para não gerar mais gente branca: “Não gosto da minha ‘brancura’ (‘whiteness’), mas gosto ainda menos da dos outros. Não quero ter filhos biológicos para não propagar biologicamente os meus privilégios.” Bom fim de semana.
[Da coluna no CM]
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