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John William Waterhouse (1849-1917) nasceu em Roma em 1849 – um pintor clássico, interessado em temas literários, históricos e religiosos. Quando morreu, em 1917, era um dos expoentes da estética pré-rafaelita (é autor do A Dama de Shalott), a meio caminho do impressionismo. A Academia Real britânica tem-no como um dos seus mestres, e isso é dizer tudo. Pois não é. Um museu de Manchester possui o original de Hilas e as Ninfas (Hilas, é um argonautas da mitologia grega), e decidiu retirá-lo das suas paredes considerando que vivemos num “mundo cheio de questões interligadas de género, raça, sexualidade e classe” e que precisamos de discutir a forma como vemos o corpo da mulher. De facto, no quadro mostram-se os seios de duas das ninfas; outras, pudibundas, escondem-nos com folhas de nenúfar. Isto é altamente ofensivo e o museu acha que precisa de ser discutido. Em breve discutirão a Vénus ao Espelho de Velazquez, e poderão retirá-lo. Em Birmingham, uma doutrinária de género obrigou um museu a tapar partes de um quadro de Modigliani. Cuidado Picasso! Cuidado Matisse!
[Da coluna no CM]
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