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Coisas evidentes precisam de ser lembradas: assinalou-se ontem o 89.º aniversário de Martin Luther King – nascido em 1929 e assassinado a 4 de Abril de 1968, há 25 anos. Insistir no óbvio não o faz ser mais óbvio, mas a luta dos negros americanos pelos seus direitos civis faz parte da chamada “caminhada da humanidade”. No domingo, um canal de cabo transmitiu Hidden Figures (Elementos Secretos), o filme com a maravilhosa Taraji P. Henson (além da divertida Octavia Spencer e da inesperada Janelle Monáe). As duas coisas estão ligadas: a luta de Martin Luther King e os factos reais por detrás do filme que conta a vida de Katherine Goble Johnson e de Dorothy Vaugham, duas mulheres negras a trabalhar nas áreas de matemática e informática da NASA durante os anos 60, na segregacionista Virgínia. É impressionante pensarmos que apenas há cinquenta anos, nos EUA, uma matemática genial como Goble Johnson, responsável pelos cálculos das órbitas das primeiras viagens à volta da Terra, tinha de percorrer 600 metros entre a sua secretária da NASA e uma casa de banho para pessoas de cor, ou que a sua cafeteira, isolada naquela sala cheia de cientistas, era apenas para negros.
[Da coluna no CM]
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