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Vai haver mais jogos difíceis – o inverno é a pior das temporadas para o FCP, sempre foi. O Feirense fez o que tinha prometido, explorar «as debilidades» do adversário; e o árbitro colaborou com uma má arbitragem. Vai haver mais jogos com erros destes. Por isso mesmo, Sérgio Conceição não devia gastar já uma das armas ao seu dispor (não ir à flash, nem à sala de imprensa), mas pelo menos fê-lo depois de uma vitória. Alguém que lhe diga que é nestas situações que deve usar ironia, sentido de humor, sarcasmo, perfídia, seja o que for (elogiar perdidamente Fábio Veríssimo, por exemplo). Vai haver sempre jogos maus.
Este vai ser o ano de muitos cinquentenários. O do princípio do fim da guerra do Vietnam (a 31 de janeiro, a embaixada americana em Saigão é invadida). O do assassinato de Martin Luther King, em Memphis, e o de Robert Kennedy, em Los Angeles. O da eleição de Richard Nixon. O do lançamento de Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones. O do “Maio de 68” em França, a eterna revolução por fazer, o vulcão de todas as rebeldias posteriores. E o da invasão de Praga pelos tanques soviéticos, sete meses depois da chegada ao poder de Alexander Dubcek (que se assinala amanhã, 5 de janeiro). Entre o espírito comemorativo e a nostalgia pelas datas perdidas, há ainda mais – mas isto basta para prepararmos um ano de debates, com ganhos e perdas. Apesar de tudo, o “Maio de 68” vai despertar mais curiosidade e mais balanços; ainda hoje, a data fala para várias gerações, a dos que lá estiveram, mesmo não estando, e a dos que a elegem como marco das suas vidas pretéritas. Já a invasão de Praga vai permitir verificar que o PCP continua a estar ao lado dos tanques invasores.
[Da coluna no CM]
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