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Sim. Não me parece que seja sensato oferecer nos restaurantes, bares e cafetarias dos hospitais, aquele género de comida carregada de colesterol, açúcar e gorduras trans. Admito até que, para efeitos de discursata preambular ao despacho n.º 11391/2017, que quer limitar – nos hospitais – a “oferta de alguns produtos menos saudáveis” para “obter uma redução sustentável do consumo excessivo de açúcar, sal e gorduras” se usem fora do contexto as palavras ‘saudável’ e ‘sustentável’ (que fazem parte da artilharia de qualquer pateta de hoje em dia). Mas não havia necessidade de entrar em pormenores que relevam do bom senso. Há, em todo o adepto da engenharia social e socialista, uma vontade extrema de levar as regras até aos pormenores, o que os leva a falhar redondamente porque se esquecem de coisas óbvias, desde proibir o salpicão ou a feijoada de búzios, isto num documento que proíbe a Coca Cola Zero, o arroz doce, o leite-creme e o pastel de nata, mas não diz nada sobre o pudim Boca Doce, o queijo de Serpa ou a cabidela de Ponte de Lima. É por causa disto que o país não avança, está bom de ver.
[Da coluna no CM]
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