Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Tenho uma morigerada simpatia por Mário Centeno. Aliás, tirando certa espécie de indivíduos (que vegetam entre a intriga no partido, a chefia de uma secretaria e a subida na atenção dos chefes, sempre com ar hirsuto), tenho simpatia por quem se atreve a servir num governo, espatifando a sua vida em nome da chamada pátria. Portanto, não percebo a vantagem de presidir ao Eurogrupo tirando a de ser português e de desmentir Marques Mendes. Em primeiro lugar, trata-se de substituir um socialista por outro (embora o PS tenha vendido a ida de Centeno como uma espécie de revolução dos povos, Dijsselbloem é socialista), abençoado pelos ocupantes de Berlim e Bruxelas (como Merkel), esses fascistas a quem Centeno vai explicar o que são cativações. Depois, toda a irrelevância de que o Eurogrupo foi acusado pelos socialistas locais não deixará de manter-se, a menos que mordam a língua (o que fazem com frequência) – sim, foi a maldosa Europa “que não é séria” a escolher Centeno, incluindo Dijsselbloem, que foi um bom presidente, e a quem há de convidar para uns copos. Pagando, claro.
[Da coluna no CM]
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.