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Vale a pena ler a nova série de livros de Arturo Pérez-Reverte dedicada ao espião e mercenário Lorenzo Falcó, um operacional que trabalha para os nacionalistas (sem ser falangista) durante os anos 30, ou seja, a guerra civil espanhola. Falcó é um desiludido e um homem sem fé que reconhece o ódio que assalta as duas trincheiras. Nessa Espanha onde é fácil morrer, Falcó (que trafica armas, que tem vícios caros e se aloja num hotel de Salamanca onde hão-de chegar alemães e italianos) é um personagem que enfrenta os seus demónios e cria os dos outros: mata, fere, é surpreendido pela proximidade da morte, negoceia com o risco e a moral. É no campo de batalha que conhece Eva Rengel, que há de acompanhá-lo noutras aventuras (a do segundo livro, Eva) – mas não como amiga ou amante, apenas como outro rosto no espelho da vida. Numa Espanha minada pelo ressentimento (uma armadilha estendida pelo irresponsável Zapatero), a coragem de Reverte é enorme: a guerra não é um combate entre bons e maus, só a aventura, o amor e a História servem de consolo. Falcó é publicado pela Asa.
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