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O que têm em comum Max Ernst, Mondrian, Paul Klee, Kandinski, Lasar Segall, Marc Chagall? Serem pintores escolhidos pela autoridade nazi de artes plásticas como exemplos de “arte degenerada” (“Entartete Kunst”): artistas judeus ou apenas “loucos”, modernos, insultuosos para com as raças superiores, distorcendo o ideal de beleza. Em 1937, de julho a novembro, os nazis organizaram uma exposição para macaquear 600 obras degeneradas desses pintores, inimigos da decência e da Alemanha, e doravante perseguidos. Pelo meio, a 8 de novembro, e também em Munique, o sector de arte e propaganda do Reich, com o apoio de Hitler, organizou uma outra exposição, “O Judeu Eterno”; o objetivo era ridicularizar e condenar os artistas judeus e provar, mostrando as suas obras, que levavam à degeneração do gosto, dos costumes e do “espírito alemão”, ou seja, inimigos letais e seres inferiores. A exposição abria com um filme documental cujo texto de apresentação foi escrito pelo próprio Goebbels, antecipando o que seria o genocídio (“O Führer está a resolver o problema judeu”). Assinalam-se hoje 80 anos.
[Da coluna no CM]
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