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A imprensa deu destaque às cenas de violência num bar de Lisboa. Como não saio “para a noite” desconhecia a existência do bar Urban Beach onde parece que se alberga uma parte agitação e da pepineira lisboetas – e das hormonas pós-adolescentes da região metropolitana da capital. Ignoro. Mas sempre me pareceu humilhante e deprimente a formação daquelas extensas filas de pessoas, de vários sexos, a quererem entrar numa discoteca onde irão passar algumas horas em franca confraternização espiritual, troca de fluidos e sobreaquecimento pélvico (estas três coisas parecem-me bem, talvez não nesta ordem). O que já conhecia (de ler) era a tradição de violência relacionada com aquele local – segundo percebi, há mais de 30 queixas por agressões a candidatos a clientes. Em outros sítios civilizados (mas nem todos), a polícia já teria tomado providências, a câmara teria ido ver o que se passava e os clientes já teriam desandado diante da exibição de cabeças partidas e de suturas hospitalares. Mas não. O tal Urban era chique e cosmopolita (como de costume) e Lisboa “está na moda”.
[Da coluna no CM]
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