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BAME, black, asian and minority ethnic: um jogo letal.

por FJV, em 25.10.17

Em Cambridge vai uma grande discussão em torno dos autores BAME (sigla de ‘black, asian and minority ethnic’, negros, asiáticos e minorias étnicas) – e da ideia de “descolonizar” o currículo de autores estudados na universidade. Ao contrário do que é suposto acontecer, e antes que apareçam patetas de imitação, é bom lembrar que Portugal tem uma experiência interessante nessa matéria, não só pela proximidade em relação a autores não europeus que publicam na nossa língua (Mia, Agualusa, Pepetela, Germano Almeida, Chiziane, Ba Kha Khossa, J.L. Tavares, Luís Cardoso), mas também pelo facto de a edição portuguesa dar destaque a autores das áreas BAME, de Chimamanda Ngozie Adichie a Teju Cole, de Arhundati Roy a Toni Morrison ou Madeleine Thien. O grande problema é que a universidade preguiça bastante entre nós, ao contrário da chamada “sociedade civil” – e o seu problema não é tanto o da abertura aos autores BAME como o da existência de leitores disponíveis dentro daquelas paredes, sendo que alargar o cânone de autores não significa assassinar os já estudados. Mas esse é outro combate.

[Da coluna no CM]

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