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Ontem, o Parlamento discutiu leis sobre “identidade sexual”, o que prometia ser um não-debate sobre natureza e cultura – e sobre engenharia social. A ideia base é a de que “o género” é uma orientação que deriva da cultura e não da biologia (feministas como Camille Paglia e Germaine Greer contestam-na violentamente); trata-se de um “sentimento” de pertença, que até pode (como “sentimento”, portanto) mudar mais tarde e, creio eu, reverter depois, de acordo com a “sensação” dominante. Independentemente de qualquer apreciação médica (e da opinião dos “encarregados de educação”, que hão de ser processados pela rapaziada), mas com bênção política, os maiores de 16 anos – que não podem comprar cigarros nem álcool – podem, assim, escolher o seu “género” e, um dia (admirável mundo novo, como prometia Huxley), mesmo o seu não-sexo. Já em Espanha, o Podemos apresentou também ontem uma proposta para que se possa escolher o tal “género” aos 12 anos. A frase é de Martin Amis e diz o essencial: “Pessoas que querem mudar a natureza humana – é isso o totalitarismo.” A pouco e pouco chegamos lá.
[Da coluna do CM]
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