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Passam 27 anos de ausência sobre George Smiley, o espião e prestidigitador criado pelo grande talento de John Le Carré – a sua última aparição foi em Peregrino Secreto, um livro de celebração da literatura de espionagem e dos seus heróis. Ontem, em Inglaterra, com A Legacy of Spies (no próximo ano em Portugal, pela mão da D. Quixote), George Smiley regressou ao convívio dos seus leitores. A expressão não dá conta da beleza do momento; Smiley não é apenas um equilibrista no mundo da espionagem britânica, um homem discreto e sábio, atormentado e vulnerável, que acreditava numa Europa capaz de justificar o confronto da Guerra Fria (e, pessoalmente, com Karla, o chefe do KGB) – ele é um personagem literário marcante. A trilogia composta por A Toupeira, O Colegial Ilustre e A Gente de Smiley é um legado maravilhoso – que começou em 1961, na sua primeira aparição em Chamada para o Morto – que aguardámos durante estes anos em que Le Carré, tal como nós, não conseguiu esquecer esse personagem tão poderoso. A sua biografia é um elogio à tremenda beleza da conspiração.
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