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Assim dá gosto. Jerónimo de Sousa não desilude quando é preciso pôr os pontos nos is. A ideia de que o líder comunista poderia, ai de nós, “suavizar” o discurso ou reconhecer alguns dos “excessos” estalinistas, é absurda. O grande mundo do socialismo não o abandona, como se vê pelo discurso na festa do Avante: dele participam os fantasmas reunidos antes do “degelo” de Krushev e depois da subida ao poder de Brejnev. É bom saber com o que contamos: Jerónimo de Sousa de braço dado com Lysenko e Beria, com Lenine e (ah, que sonho) Dzerjinsky, o fundador da Cheka, evocando a dinastia de heróis da Coreia do Norte ou no Camboja (Pol Pot e o regime Khmer merecem uma moldura), como um marxista-leninista tão ortodoxo como um pijama às riscas, dançando uma cumbia na Venezuela ou nadando no Yangtsé ao lado de Mao. Nada de graçolas: Jerónimo de Sousa não vê necessidade de encontrar exceções ou adversativas; isso é admirável na sua figura. Num mundo de falsos “modernos” e hipócritas, Jerónimo não é politicamente correto: ele sonha com o soviete de Petrogrado e com as purgas de Estaline.
[Da coluna do CM]
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