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Em Sabadell estão a fumar substâncias estranhas

por FJV, em 21.08.17

Os nacionalismos são geralmente imbecis – em Espanha têm a agravante de serem estapafúrdios. Veja-se Sabadell, na Catalunha: o município (uma coligação de independentistas de esquerda e Podemos) pediu um documento para mudar a toponímia local; vem daí a ideia de retirar o nome de António Machado a uma praça da cidade – por, apesar de grande poeta universal, lá no fundo ser “espanholista e anticatalanista”. À distância, o município abusou da bebida ou fumou erva estragada. O documento, muito xenófobo, exige ainda expurgar das suas ruas nomes como Goya, Calderón de la Barca, Quevedo, Góngora, Adolfo Bécquer ou Lope de Vega, acusados de terem perfil franquista – ou serem parte de um “modelo pseudocultural franquista”. Goya? Quevedo? Calderón? Sim, todos eles “ferramentas da propaganda franquista”. Há tempos, imbecis em San Sebastián quiseram mudar o nome da bela Praça Cervantes, porque o genial autor do Quixote é “espanholista”. E em Madrid, a extravagante alcaide Manuela Carmena quer mudar a estátua de Cervantes, que é capaz de ser franquista. Pobre Espanha, entregue a tontos.

[Da coluna do CM]

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Teologia activa.

por FJV, em 21.08.17

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Por exemplo, só deixar entrar os ricos nas nossas fronteiras

por FJV, em 21.08.17

Não custa a admitir, como princípio, uma quota de visitantes a determinar por cidades ou países que acham que a avalancha de turistas põe em perigo o seu bem estar, o seu património ou até – no caso de o argumento ser do Bloco de Esquerda – a economia. No fundo, Veneza e outras cidades-estado adoptaram esse princípio ao longo da história. A questão está em como se procede para limitar o acesso a Dubrovnik, por exemplo, ou a Pequim, ou a Idanha-a-Nova (não falo de Barcelona antes do referendo) – os “mais ricos” que fazem reserva nos melhores hotéis e se recusam a alugar apartamentos de curta duração?; os “mais cultos”, que querem visitar os monumentos, as bibliotecas e os museus das cidades?; os que passarem num exame de etiqueta, e se verificar que nunca mijariam da varanda de um hotel de Ibiza?; os “poliglotas”, que falam a língua local?; os “gastrónomos”, que prometem tomar pelo menos uma refeição diária de faca e garfo? Os que se inscreverem primeiro na lista de vagas disponibilizada pelas autoridades ou (horror!) pelo mercado de quartos? Eis uma grande arena para discussão. 

[Da coluna do CM]

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