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O cantinho do hooligan. Bem vindos.

por FJV, em 09.08.17

1. Foi preciso o video-árbitro para validar o golo de Marcano no jogo de hoje, que o árbitro-assistente tinha anulado. Infelizmente, o video-árbitro não foi usado na Supertaça para invalidar o primeiro golo do SLB, para marcar o penálti cometido por Sálvio ou para puxar do cartão vermelho que não foi mostrado a Jardel (o do Benfica).

2. Medo: seis falhanços de Aboubakar (Moreira prometeu só defender os remates de Aboubakar).

3. Vinganças merecidas: o regresso de Marega, Óliver a dar cartas, dois voos de Casillas.

4. Tiquitaca: Óliver, Alex Telles e Brahimi — e golo.

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Má consciência.

por FJV, em 09.08.17

Regresso em grande de Filipe Nunes Vicente no blog Má Consciência:

Um belo texto aqui, para começar: «Bronzeadas, musculadas e, sobretudo, tatuadas. Enxameiam as páginas  das secções-vidas dos media. Se andam assim têm boas razões, mas estou desfazado do meu género: masculino e, até à data, hetero (ainda não conheci o Nené).Aqueles corpos provocam-me a mesma sensação que os dobermanns. Sempre tive cães, noto bem o interesse de um bicho elegante, mas o dobermann lembra-me a Uzi do tenente Macias, meu instrutor do tempo do desperdício. A psicanalista de serviço já sacou do moleskine: medo de mulheres poderosas. Os psicanalistas são viciados na forma: filha-colo-pai-édipo, bebé-cocó-prazer etc. Não há nada mais excitante do que uma cabeça premiada e um carácter generoso num corpo discreto. A traição da aparência é a atracção.»

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As nadadoras-salvadoras de Gijón.

por FJV, em 09.08.17

Gosto da indumentária das nadadoras-salvadoras de Gijón: vermelho, como convém, e com uma reduzida cuequinha de biquíni que se perde entre os glúteos – o resultado é interessante, se me faço entender. Este comentário seria considerado machista e sexista pela conselheira municipal de Segurança Cidadã da cidade asturiana – e eu seria denunciado pela local Associação de Mulheres Separadas e Divorciadas, que não admite piadas nem exclamações de júbilo heterossexual. Várias comissões de igualdade de género espanholas, muito bigodudas, consideram sexistas algumas observações sobre o assunto nas “redes sociais”. Fui ver, indignado. Por exemplo: “10 afogados e só de manhã. Alguns, duas e três vezes”, e foto de uma nadadora. Ou: “Onde é que me inscrevo para poder afogar-me um pouco?” Escandaloso machismo e sexismo. O município, entretanto, pediu às nadadoras para usarem calções, o que levou a jornalista (e romancista) Carme Chaparro, da Telecinco, a protestar contra esta atitude ainda mais sexista, dizendo que o problema é dos homens, que “não são capazes de se controlar”. Assim vai o radicalismo ibérico.

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Serra do Roboredo.

por FJV, em 09.08.17

Nunca descobri a Serra do Roboredo, que agora arde perto de Moncorvo: ela descobriu-me a mim, inventou-me, fez-me amar aquelas árvores (os carvalhos brancos, as faias, negrilhos, amendoeiras, castanheiro bravo, sobreiros, medronheiros, cerejeiras, cedros, zimbros e ciprestes), as colinas de vegetação suave (urze, giesta amarela, cravinas, orquídeas, esteva e carqueja, pilriteiros, rosa-brava e refúgios de espargo, serralha e acelga), as suas sombras humedecidas (onde nascem míscaros, sanchas e roques), a capela de N.S. da Teixeira (frescos que lembram El Greco), as ruas silenciosas de Maçores, Açoreira, Felgueiras, Peredo e Urros, ou a Fraga do Facho e a água do seu ribeiro (“os castanheiros curvam-se sobre ela, para que o sol do estio a não aqueça”, como escreveu Campos Monteiro). Eu saía a pé da minha aldeia, Pocinho, e a Serra do Reboredo era o esplendor aberto ao céu, comovente, de onde levantava a neblina para deixar ver, da outra margem, todo o Vale do Nídeo onde flutuavam águias, açores e falcões) até à foz do Côa. Não são eucaliptos que ardem, ó ignorantes. É a minha serra.

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A Caixa, com certeza.

por FJV, em 09.08.17

Durante anos, os do “oásis” e os da “euforia” (até se acabar o dinheiro, como todos sabemos – e frequentemente se esquece), Portugal podia não ter a extraordinária vaga de turistas que enchem as nossas ruas. Mas, à mesma dimensão, havia uma extraordinária vaga de gestores (os melhores do mundo, os pilares da Europa, as colunas da economia) a encher os gabinetes das “nossas empresas”, incluindo o banco público. Parece que em grande parte delas houve irregularidades e má gestão, ou não estariam como estão ou como acabaram por desaparecer; parece que, no caso da Caixa, houve dinheiro para todos os amigos do regime comprarem ações de outros bancos (que depois foram destruir, também metodicamente), montarem empresas inviáveis, negócios tão ruinosos que nunca empobreceram os gestores amigos que, entretanto, transitaram para outros negócios em que era necessário ser muito amigo “das autoridades”. E o que concluem os relatórios (como o da Caixa)? Que é tudo exagero e maledicência. Em literatura, nem o Cohen de Os Maias, de braço dado com o conde Gouvarinho, era capaz desse descaramento.

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