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O mito de Lula como herói do povo não tem pés de barro: ele é mesmo herói do povo – há muito tempo foi parte dele, sabe falar a sua linguagem e imitá-lo nos seus defeitos, o que não garante a santidade de ninguém, muito menos de um homem que deixa atrás de si aquele rasto. Nada me fascina na figura. É um apedeuta, orgulhoso da sua ignorância, falando contra “as elites” de que dependeu e que o apaparicaram. Quando era dirigente sindical, a Odebrecht pagou-lhe para cancelar greves. Quando era presidente fingiu ignorar tudo o que passava à sua volta – uma malha de corrupção que envolveu o governo e o seu partido, transformado num instrumento de domínio da sociedade e do Estado. Num país de pobres humilhados por uma das classes de ricos mais imbecis do mundo, o PT prometia ética e justiça; Lula distribuiu riqueza, permitiu e desculpando a corrupção como nunca na história do país (veja-se o Mensalão), julgando-se acima da lei. Ontem, alguns “intelectuais & artistas” manifestavam o seu estupor e protesto queixando-se da justiça. Como de costume, não esqueceram nada, não aprenderam nada.
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