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Na semana passada, o saudoso Conselho Português para a Paz e Cooperação regressou do Além para organizar uma jornada de apoio “às forças progressistas da Venezuela”, aproveitando o seu Dia da Independência. Que o assunto comova o BE de há meses e o atual PCP parece-me justificado – ambos os partidos, com o abraço amigo de toda a esquerda, encontraram em Hugo Chávez a reencarnação demente do socialismo. É um kitsch maravilhoso. Acontece que o assunto não é para rir. Trata-se de um país maltratado a ferro e fogo: as “forças progressistas”, armadas por Maduro, invadiram o parlamento e agrediram deputados à paulada, prendem oposicionistas sem julgamento, empobrecem o país e destroem-no multiplicando pobres, fechando televisões e jornais (nem precisam de ERC), perseguindo universitários e juízes e instalando o “socialismo do século XXI”. Que na jornada partidária tenham participado a Banda do Exército e enviados da Câmara de Lisboa parece outra maluqueira portuguesa. Será que o Exército e a Câmara de Lisboa acham graça à invasão do parlamento em nome das “forças progressistas”?
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