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A ONU demorou 16 anos (de 1975 a 1991) a revogar a vergonhosa declaração – patrocinada pelos países árabes “da linha da frente” – que associava sionismo e racismo. Portugal votou favoravelmente essa glória do antissemitismo (Melo Antunes era ministro dos Estrangeiros, e teve a oposição do seu secretário de Estado, José Medeiros Ferreira), a 15 dias do 25 de Novembro. Menciono este episódio porque ele é marcante na história do judaísmo moderno, ao qual Esther Mucznik acaba de dedicar um livro, A Grande Epopeia dos Judeus no Século XX (Esfera dos Livros). São mais de 300 páginas onde se cruzam factos e datas fundamentais nessa história de incompreensão e perseguição – e também de grandes realizações. Do Holocausto nazi ao antissemitismo contemporâneo, passando pela fundação do estado de Israel, em maio de 1948, e pelas guerras israelo-árabes, Esther Mucznik trata também de estabelecer as pontes com Portugal e com a sua própria família (Esther viveu em Israel, onde o seu avô morreu em 1933). É uma história de heróis e de silêncios, de segredos e de grandes momentos.
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