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Cem Anos de Solidão.

por FJV, em 01.06.17

Vamos pela efeméride a meio: anteontem passaram 50 anos sobre o fim da impressão dos primeiros exemplares de Cem Anos de Solidão (em Buenos Aires, Editorial Sudamericana); no dia 5 de junho de 1967, o livro era finalmente posto à venda. Cinquenta anos depois, a saga dos Buendía (os Arcádios, os Aurelianos, Úrsula, Remédios), a cidade mítica de Macondo, as histórias de Melquíades, Rebeca (que comia terra), Pilar ou Maurício Babilónia (com as suas borboletas amarelas), além das recordações de todas as personagens, fazem parte da nossa memória da literatura. Gabriel García Márquez (1927-2014) escreveu outros romances e novelas (Crónica de uma Morte Anunciada, um prodígio de construção, O General no Seu Labirinto, sobre a loucura caudilhista, ou O Amor em Tempos de Cólera) – mas Cem Anos de Solidão há de permanecer como uma reinvenção da maneira de contar e de escrever na literatura do seu século. Tão influente que o livro se tornou fonte de obsessão para escritores – tanto quanto maravilhosa para milhões de leitores que hoje podem reler esse romance avassalador.

 

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O cantinho do hooligan. A novela.

por FJV, em 01.06.17

A novela do treinador é ridícula. Mas não é mais ridícula do que as anteriores – a escolha de Lopetegui (& as escolhas de Lopetegui), a escolha de Nuno, as «fugas de informação», a «aliança» com o Sporting, etc. Se Sérgio Conceição for o escolhido, é pena que – infelizmente – o seja pelas más razões, que se resumem numa: a necessidade de alguém que faça regressar ao FC Porto «o espírito do FC Porto». Acontece que esse espírito se perdeu há muito, com a avalancha de contratações estapafúrdias, o despautério financeiro, a falta de coragem para alguém dizer que os líderes têm prazo – de facto – de validade (e para que alguém lho diga), a mistura de assuntos privados com assuntos do clube, a promiscuidade entre família e famiglia. Portanto, chegados a esta altura, e como teremos de esperar que se chegue ao fim de mais um ciclo de liderança, o FC Porto precisa de um treinador. Precisaria de um treinador e de um cavalheiro ao mesmo tempo, figura em que encaixariam Bobby Robson ou André Villas-Boas (a coisa está tão pelas ruas da baixeza que até me lembro de Jesualdo), não apenas de um animador das hostes. E de um cavalheiro que perceba como o nosso futebol dançava nesses anos em que jogadores de segunda linha se transformavam em jogadores de primeira ordem. Alguma vez Paulo Ferreira e Nuno Valente deixavam cair a cabeça, para já não falar de Alenitchev, Derlei, Benny (aquele golo contra o Manchester, obra de arte), Capucho – ao lado de tipos que sempre foram naturalmente bons? E vai ser preciso. Que seja Sérgio Conceição não me assusta nem me indigna. Mas será um duplo trabalho – terá de ser ele a pôr na linha aquela gente e a dar mais velocidade à capacidade de reação do FC Porto frente à máquina demolidora e bem organizada dos adversários – e frente ao seu futebol.  

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