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Salvador Sobral: não vale a pena dizer mais nada. A sua canção (e de Luísa, a extraordinária e belíssima Luísa) comoveu a Europa mas, antes disso, comoveu os portugueses de todas as condições – e ele cantou-a em nosso nome, e em nome da melancolia portuguesa, perto do sublime, do arrojo e do despojamento. A vitória na Eurovisão nem é o mais importante, porque será submergida pelo folclore e pela contagem dos anos de humilhação sofridos por Portugal. O que é realmente importante é a simplicidade da vitória: no meio do plástico e da imundície, Salvador não teve de fazer grande esforço. Limitou-se a cantar uma canção que há de perdurar. Vejam-se os textos do Guardian, do Figaro e do Telegraph, que não são propriamente fanáticos do festival da Eurovisão – e que assinalaram a trapaça montada por Salvador (a melancolia, tão cativante, tão prometedora), aproveitando uma brecha e levando ao palco de Kiev uma canção que comoveu toda a gente. Nós, que fomos preparados para a derrota em todas as circunstâncias, nem acreditámos que era tão fácil. Que bastava ser mortal.
Quem é, no seu entender, a primeira figura do tetra do Benfica? [A pergunta do CM hoje]
Tenho dificuldade em eleger uma única figura. Se fosse o caso, seria Rui Vitória. O presidente do Benfica, igualmente, porque não se meteu no futebol. Os jogadores mais decisivos, como Jonas, Pizzi, Mitroglou, Cervi ou Salvio. Mas gostaria também de mencionar Julen Lopetegui e Nuno Espírito Santo.
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