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Que a Síria tivesse sido membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU enquanto ordenava massacres e fuzilamentos, é coisa de somenos importância. A Líbia também fez parte do grupo, tal como Cuba. A Arábia Saudita, enquanto decapitava forte e feio (crucificou e decapitou há pouco um miúdo de 17 anos), foi reeleita para a presidência de peritos do mesmo Conselho. Não nos escandalizemos: na ONU, o voto dos magarefes é muito apreciado. Mas a Arábia Saudita queria mais. E conseguiu-o agora (com Guterres no cargo de secretário-geral, uma pessoa tão boa), ao ser eleita para a comissão dos Direitos das Mulheres. Escuso de enumerar as blandícias e benesses proporcionadas às mulheres naquele país (desde a interdição de conduzir ou praticar desporto até à vigilância da bainha da burqa), e que as leitoras conhecem como um interessante incentivo à luta pelos seus direitos, nomeadamente a serem chicoteadas se mostrarem o tornozelo. Trata-se de um grande avanço para a humanidade, que não deixamos de assinalar com alegria. Espero que seja um homem a representá-las. Para não as incomodarem.
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