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Falando-se de ‘off-shores’ fala-se de crime financeiro. É assim? É. Aliás, para a generalidade do eleitorado, é um crime colocar um cêntimo que seja num banco de Badajoz. Por isso, esta interessante notícia sobre a fuga de 10 mil milhões para as ‘off-shores’ tem graça, sobretudo porque não é novidade – a mesma notícia sobre o mesmo assunto e a mesma quantia apareceu há um ano, no mesmo jornal. Mistério isto ter aparecido agora, não? Acontece que as suspeitas sobre o crime financeiro são, em grande parte, uma boa treta; algumas delas partem do princípio de que os donos desse dinheiro não são os seus legítimos proprietários, mas o sistema financeiro (olha quem), a autoridade tributária (ui, ui) ou o país inteiro, para abreviar. Com tanto patriotismo, ninguém sabe porque há em Portugal melhores condições fiscais para os estrangeiros fazerem a sua “fuga de capitais” para cá, do que para os portugueses manterem o seu dinheiro no país. Houve quem lembrasse, ontem, “ai o que nós faríamos com esse dinheiro”. Mas afinal o dinheiro era de quem?, se não se importam que pergunte.
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