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É muito mais difícil escutar os psicopedagogos sazonais do que descortinar as intenções ocultas de Marques Mendes nas suas homilias de domingo. Explico: ao ouvir Marques Mendes sabemos logo qual a sua agenda e qual o objetivo por detrás da cara de seriedade indignada ou do elogio flutuante. Já alguns psicopedagogos não percebo para que País falam.
Ontem, por exemplo, li e ouvi dois (a rádio está cheia deles) a defender que os pais devem acompanhar os filhos durante estas duas semanas, caso contrário as crianças sofrerão bravamente o trauma durante as férias escolares e a quadra festiva. Não sei o que sentirão os pais cujas "férias de inverno" se limitam aos dois dias do próximo fim de semana e têm de trabalhar no resto do tempo – talvez sofram idêntico trauma. Tempos existiram em que havia um certo bom senso por parte das pessoas que falam para grandes públicos acerca de temas semelhantes (na política também) e em que o afeto verdadeiro entre pais e filhos, ou dos pais pelos filhos, não era avaliado por sábios cheios de opinião e desejosos de espalhar complexos de culpa.
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