Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
É uma das formas ancestrais de bondade, de generosidade – e de sabedoria: respeitar o estrangeiro que vive na nossa terra. Em várias passagens da Bíblia vem essa recordação: “Pois tu foste estrangeiro.” Numa terra despovoada, os imigrantes são uma garantia de renovação; e, numa terra envelhecida, são uma promessa de vitalidade. Reconhecer essas evidências é sinal de sabedoria. Uma das formas de resgatar os imigrantes que vivem em Portugal – e de diminuir a formação de “ilhas étnicas” onde o Estado é substituído por delinquentes – é o de recordar-lhes que devem respeitar as leis do país. Mas é preciso dar um sinal em troca. A visita do Presidente da República à Cova da Moura, este fim de semana, foi um sinal importante. Ao contrário dos que reagiram à visita como tendo sido uma amostra do “populismo de Marcelo” (visível noutras circunstâncias, muito festejadas, aliás, por pessoas que não distinguem um sorriso de um esgar), eu acho que o Presidente deve visitar mais vezes a Cova da Moura. E o Bairro da Bela Vista em Setúbal. E a Quintas do Mocho ou da Fonte em Loures. E todos os lugares onde existam imigrantes ou portugueses. Esse (“estar presente”) é o primeiro passo para evitar um país de guetos e de isolamento.
[Da coluna do CM]
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.