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Nos últimos dois dias quis saber quem tinha afinal votado Trump. Segundo várias crónicas da nossa imprensa, parece que foram os grunhos, os porcos, os brancos analfabetos, os negros sem educação, os latinos dos gangues, pessoas do Alasca e acho que búfalos do Arizona. E, no entanto, foi Trump que venceu nos estados da Pensilvânia, do Michigan e do Wisconsin, que desde a década de 80 nunca tinham favorecido republicanos. Porque é que pessoas “tão influentes” e “famosas” não conseguiram demover os eleitores de votarem num candidato manifestamente mau (em nome de uma candidata igualmente má, é certo), absurdo, imbecil e abaixo de toda a linha – e não se deixaram influenciar por eles? Segundo uma jovem clintoniana entrevistada numa reportagem que li no Observador, o problema é geracional mas “a nossa sorte é que os mais velhos vão morrer em breve”. É a mesma opinião de um largo setor militante do Podemos espanhol, que pede que “morram os velhos fachos de merda” para que os jovens possam votar, e creio que viver, “sem essa escória”. Esse desejo de morte não é novo, mas parece um filme de Tarantino. O novo mundo vai ser radiante com estas pessoas.
[Da coluna do CM]
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