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O abacate.

por FJV, em 07.11.16

Preocupa-me o comportamento disruptivo do abacate desde que nutricionistas, vegetarianos, tarados por patifarias gourmet e maníacos da saúde o elegeram como super-alimento. As consequências foram catastróficas: além de não haver recanto do mundo livre do horror do abacate (e do guacamole), os mercados estão em pânico. O preço subiu aos 2 euros por unidade em Inglaterra, um dos países que mais come a coisa (130 milhões de libras de abacate no último ano), logo a seguir aos EUA (2,5 dólares). Pois agora há carestia do abacate nos dois países, porque a China encomendou 12 mil toneladas de abacate aos principais produtores, entre eles o México (onde o abacate já é uma catástrofe ambiental), que se recusa a baixar o preço. Na Austrália, deixaram os kiwis e passaram para o abacate (há registos de roubos de abacate e uma cadeia de supermercados deixa este aviso à porta das suas lojas: “Durante a noite não guardamos dinheiro nem abacates.”). Fenómeno idêntico foi vivido há 500 anos, com as tulipas holandesas – um pânico nas bolsas. Mas o Telegraph alertou há uma semana: “Esqueça o abacate, vem aí a beringela.” Ainda é pior.

 

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