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Nas ferrovia alemã, entre Chemnitz e Leipzig, circulará uma carruagem exclusivamente destinada a mulheres que viajem sozinhas ou acompanhadas de crianças até aos 10 anos. A intenção é a de proteger as passageiras, depois dos acontecimentos da passagem de ano, em Colónia e outras cidades alemãs e nórdicas – onde houve casos de agressão sexual já comentados e discutidos e que, na sua maior parte, foram cometidos por homens chegados de África e do Médio Oriente. Não conheço o rigor das ameaças que pesam sobre as mulheres de Leipzig (a cidade onde viveram e sonharam Bach, Leibniz, Goethe, Grieg, Schumann, ou Wagner), na Saxónia, mas a decisão deve ter sido muito ponderada. E, no entanto, não deixa de ser agressiva e terrível, uma vez que reconhece um perigo (o de as mulheres temerem ser alvo de ataques) e a ineficácia das autoridades para protegerem a ordem no espaço público, que é e devia ser de todos, e onde todos devem ser respeitados. O resumo da notícia é este: a Europa está sitiada e aceita o estado de sítio, recusando-se a defender os seus valores. Esta carruagem é uma burqa que nos envergonha a todos.
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