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Educação literária.

por FJV, em 14.02.16

Parece que o Ministério da Educação brasileiro tenciona eliminar “a obrigatoriedade do estudo da literatura portuguesa” nas suas escolas secundárias. O assunto nem me enerva nem deixa indiferente – em Portugal, na generalidade, mantemos uma quase olímpica ignorância em relação à literatura brasileira que não seja de hoje (uma coisa que vem desde Machado de Assis e que tem oscilações). Acontece que a literatura brasileira, como nós a conhecemos nos seus grandes momentos, dialoga com a herança cultural e literária portuguesa. Isto não nos autoriza a invadir Brasília para mostrar bandeiras com as efígies de Eça, Camões ou Pessoa, até porque são autores muito lidos no lado de lá (antes de Portugal, Pessoa foi mais popular lá), e porque a soberania brasileira é para respeitar. Um dos argumentos usados em discussões sobre o assunto (a uma delas assisti) é que a literatura portuguesa acaba por ser parte da nossa “herança colonial e imperialista”, instrumento de homens brancos machistas para dominar os povos oprimidos do mundo. O Brasil é bom de ouvido; porque será que confunde tudo o que ouve?

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