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O saudita Raif Badawi foi condenado a uma pena de mil chicotadas por ter denunciado no seu blog as limitações à liberdade de expressão que existem no país (que já vai com 87 condenações à morte, executadas). O facto passaria ainda mais despercebido no meio de outras atrocidades do Médio Oriente não fosse dar-se o caso de, esta semana, o embaixador saudita em Genebra, Faisal Trad, ter sido eleito presidente da equipa de peritos independentes no Conselho de Direitos Humanos da ONU que definirá o próprio conceito de Direitos Humanos. Não se sabe o que fará este painel de especialistas, mas certamente receberá conselhos importantes da China, da Rússia, de Cuba, dos Emiratos Árabes, que também pertencem à agremiação. Não se sabe por que razão o ocidente rosna tanto sobre Direitos Humanos e aceita esta abjeção.
Consequências de tudo isto? Bom. A Arábia Saudita quer, mesmo, presidir ao Conselho de Direitos Humanos da ONU – na mesma altura em que planeia crucificar e decapitar Ali Mohammed Baqir al-Nimr, preso com 17 anos.
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