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Canções como “Domingo à Tarde” ou “Tudo Passará” foram os grandes êxitos de Nelson Ned em Portugal durante os anos sessenta. Não havia ‘juke box’ que os dispensasse. A sua voz era inconfundível, poderosa – e “romântica”; muito naturalmente, nunca entrou no pódio da MPB, tal como outros proscritos que enchem as listas de “cantores pirosos”, como Odair José, Waldick Soriano, Agnaldo Timóteo, Cauby Peixoto, Nilton César, Sidney Magal ou Bartô Galeno. Como Tim Maia, por exemplo, Ned, que era anão, conheceu o caminho das drogas, que tentou combater com a conversão religiosa – e o do grande sucesso (cantou com Tony Bennett) que nunca resultou em ser admirado. Morreu anteontem, aos 66 anos (n. 1947) como uma curiosidade dolorosa e triste. A música popular “cafona” tinha em Nelson Ned um dos seu grandes representantes: a vibração da sua voz compensava tudo: desde o mau gosto ao sofrimento verdadeiro.
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